Conversamos com Ramona Linsmayer, Head do Centro de Serviços Compartilhados da Accor Brasil, que nos contou como foi a decisão disruptiva de colocar toda a operação do CSC em modelo 100% remoto e permanente.

Foto do CoWorking da Accor – espaço de 45 metros quadrados que vai servir de apoio para reuniões pontuais.

Muitas empresas estão em home office desde o início da pandemia e o CSC da Accor Brasil, percebeu, após sete meses trabalhando remotamente, que conseguia por meio deste formato garantir a segurança e saúde de seus colaboradores, além de manter as demandas e entregas com a mesma qualidade. Então, foi decidido pela sua permanência de forma definitiva.
Segundo Ramona, o “teletrabalho é um tema muito simples, mas exigiu muito cuidado para ser implantado”.

“Foi realizada uma pesquisa com o nosso time e o resultado foi de que a grande maioria dos colaboradores aprovava e se comprometia com a iniciativa de fazermos um modelo de teletrabalho definitivo para 100% do CSC, o que já estamos fazendo desde 06/10/2020”, comentou a Head do Centro de Serviços Compartilhados da Accor Brasil.

Para viabilizar a nova forma de trabalho, estruturaram um business case com o objetivo de verificar quais investimentos seriam necessários para que os trabalhadores realizassem suas atividades em casa (por exemplo, cadeiras, suporte para os pés, apoiador de braços – mantendo todo o cuidado com a ergonomia), além de terem elaborado junto a todos os colaboradores a formalização de um contrato de trabalho neste novo modelo de teletrabalho.

Muitos benefícios e ganhos foram percebidos com a iniciativa, dentre os quais a melhoria da qualidade de vida das pessoas e a contribuição para o meio ambiente. Conforme comentou Ramona, com a eliminação do deslocamento do time, pouparam-se em média, 3h de trânsito por dia e, para a empresa, uma economia com vale transporte e mais cuidados com o planeta e meio ambiente, uma vez que a redução de deslocamento das equipes contribui para a redução de emissão de carbono na atmosfera, umas das preocupações da Accor.

Conforme ressaltado, também, pela executiva, foi possível perceber uma considerável redução de custos fixos e variáveis do CSC, o que resultou em benefícios de caixa para seus clientes, já que toda a economia gerada foi compartilhada com hotéis e com a matriz, possibilitando que investidores da ACCOR possam inverter seus investimentos cada vez mais no segmento
hoteleiro, maximizando os seus retornos.

Com o formato definitivo de home office, os colaboradores do CSC seguem com a rotina de trabalho de suas casas, com segurança, além de poderem contar com um espaço de coworking para 21 pessoas, para reuniões pontuais. Antes, o Centro ocupava um piso de 1.200 m2 onde trabalhavam 150 pessoas e existiam amplas salas de treinamento e reuniões.

Ramona comenta que a conexão entre as pessoas melhorou muito, tudo ficou mais rápido, fácil e mais pontual. Mas, reforça que todos irão se reunir presencialmente no futuro, porém em um novo formato e com uma melhor qualidade. “Para o CSC da Accor funcionou muito bem, mas
isso não significa que poderá funcionar para todos, cada área tem um perfil” comenta Ramona.

A Head do CSC da Accor Brasil está muito orgulhosa da decisão tomada pela empresa, mas ressalta “Deu certo, mas estamos atentos para confirmar se será sustentável? Se não for, voltaremos atrás. Os CEOs mundial e da América do Sul da ACCOR nos estimulam a experimentar coisas novas. Esta é uma inovação, e precisávamos tentar.

Continuaremos neste novo modelo por pelo menos mais 2 ou 3 anos, e isso não significa que não teremos os 150 colaboradores unidos presencialmente novamente, significa que precisamos cuidar do que é mais precioso para a ACCOR, ou seja, as pessoas”.

Pedimos para Ramona deixar 3 dicas importantes para a empresa que também está pensando em tornar o Home Office permanente.

  1. Confiança REAL e TOTAL no time operacional, coordenadores e gerentes.
  2. Segurança da Informação: Ter uma base de tecnologia robusta, bem como atender a todos
    os pré-requisitos da Lei LGPD – Lei Geral de Proteção de DADOS.
  3. Ter processos sólidos e documentados, bem como governança clara e transparente com KPIs que traduzam o que esta sendo entregue.

Fonte: Revista SSNews 68

Clique aqui e confira a SSNews 68 na íntegra

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Autor

Redação IEG

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