A Estratégia do Oceano Azul é um livro publicado em 2005 e escrito por W. Chan Kim e Renée Mauborgne.

Chama-se de Oceano Azul um mercado onde não há concorrência ou que possua menor número de concorrentes para um produto ou serviço.

Essa estratégia gira em torno da busca por um negócio em que poucas empresas operem e onde não haja pressão de preços.


A estratégia não se limita a apenas um tipo de negócio, mas pode ser aplicada em diversos setores ou empresas.

O que é a Estratégia do Oceano Azul?

Antes de seguirmos em frente, vamos te explicar o que é o oceano azul e como ele difere da estratégia do oceano vermelho.

Atualmente, a maioria das empresas opera sob intensa competição e tenta fazer de tudo para ganhar participação no mercado. Quando o produto está sob pressão de preços, sempre existe a possibilidade de que as operações de uma empresa possam ficar ameaçadas.

Essa situação geralmente ocorre quando a empresa está operando em um mercado saturado, também conhecido como ‘Oceano Vermelho’.

A Estratégia do Oceano Azul visa capturar novas demandas e tornar a competição irrelevante ao apresentar um produto com características superiores. Ajuda a empresa a obter lucros enormes, pois o preço do produto pode ser alto devido às suas características únicas.

Conheça as diferenças entre Oceano Azul e Vermelho:

As Características do Oceano Vermelho

Competir em Mercados Existentes: trabalhar em mercados saturados de concorrentes.

Vencer a Concorrência: para trabalhar nesse mercado há grande esforço em diferenciação para vencer a concorrência.

Explorar a Demanda Existente: trabalha com problemas e necessidades que já existem.

Fazer Compensações entre Valor e Custo: há uma grande relação entre o valor do produto e custo. Quanto maior é o valor que o produto tem, mais caro ele é. Quanto mais barato ele custa, menor é o seu valor percebido.

As Características do Oceano Azul

Criar Novos Mercados: busca em mercados novos que ainda não foram alcançados por outras empresas.

Tornar a Concorrência Irrelevante: o seu nível de diferenciação é tão alto que você deixa de competir com outras empresas e se coloca em outro patamar.

Criar a Novas Demandas: a empresa deixa de atuar com as demandas existentes e cria novas demandas baseadas nas necessidades desse novo mercado.

Quebrar a Relação entre Valor e Custo: a proposta é que a empresa consiga aumentar o valor para o cliente e diminuir o custo.

Para te ajudar a entender melhor, separamos o exemplo do Vinho Yellow Tail.

Se você já comprou vinho alguma vez na vida, provavelmente sentiu alguma dificuldade na hora de escolher um em meio à infinitos rótulos, marcas e tipos.

São muitas variações e a tarefa de escolher vinho nem sempre é fácil. É nesse cenário de dificuldades que surgiu a Yellow Tail.


Na década de 1990, a indústria de vinhos nos Estados Unidos se dividia em dois segmentos: vinhos sofisticados e vinhos baratos.

Os vinhos sofisticados possuem alto valor devido à atributos como imagem refinada, envelhecimento, história e prestígio da vinícola. Os vinhos baratos eram de distribuição em massa e possuíam menos atributos.

Apesar das marcas tentarem vender diferenciação através da sofisticação dos atributos e experiências, elas sempre continuavam semelhantes umas às outras – afinal de contas, levando em consideração o consumidor, eram apenas vinhos difíceis de escolher-.

Bebidas como cerveja e destilados, respondiam pela maioria das vendas, de modo que a maioria dos americanos via o vinho como algo distante de suas realidades: era complexo e intimidante.


A empresa australiana Casella Wines observou o cenário e examinou a indústria do vinho de uma perspectiva diferente: Como podemos fazer um vinho que seja fácil de escolher e divertido?


Para isso, a Casella Wines criou a Yellow Tail, que e trouxe um conceito inovador no consumo de vinho e, até hoje, é um sucesso.

Confira abaixo as principais mudanças adotadas pela Yellow Tail que fez com que a marca chegasse ao impressionante número de 4,5 milhões de garrafas vendidas.

1 – Rótulos mais simples:

Os vinhos tradicionais possuíam rótulos complexos e como muitas
informações. Para resolver isso, a Yellow Tail tinha rótulos divertidos e
vibrantes que se destacavam nas prateleiras.

2 – Simplificação de sabores:


Os vinhos tradicionais eram mais fortes e ácidos. Já o da Yellow Tail era mais doce e suave, tornando-o mais fácil de beber.

3 – Redução de custos:


Com a simplificação dos sabores, o processo de produção dos vinhos mudou, de forma que reduziu os pesados ​​custos operacionais do envelhecimento do vinho.

4 – Número de vinhos:


Diferentemente das marcas tradicionais que produziam diversos tipos de vinhos, o Yellow Tail em seu início criou apenas dois vinhos: Chardonnay e Shiraz, simplificando a escolha para o cliente. O cliente não teria mais que ficar confuso na prateleira do supermercado, navegando em 20 variedades diferentes de vinho tinto.

Inovar nem sempre é uma tarefa fácil, por isso é importante que a empresa esteja atenta para as reais necessidades dos consumidores.

Não adianta ter produtos bons e de alta qualidade se eles não geram valor para o público escolhido.

No caso da indústria de vinhos nos EUA, os mesmos possuíam qualidade, mas os inúmeros atributos e variedades afastaram os consumidores devido à complexidade de escolha.

Mudanças sutis como simplificar rótulos e variedades fizeram com que o Vinho Yellow Tail se tornasse o sucesso que é.

Post escrito por Victor Sillas, Analista de Marketing Digital Jr. do IEG.

Autor

Redação IEG

O IEG é uma empresa que elabora soluções de ensino, pesquisa e consultoria em gestão de forma integrada e complementar para você e para a sua organização.

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