Nos últimos anos, o modelo de Centros de Serviços Compartilhados (CSCs) tem atraído cada vez mais empresas no Brasil, consolidando-se como uma estratégia essencial para otimizar operações administrativas. Dados recentes da MIA – Market Intelligence Application , plataforma de dados do IEG sobre os CSCs brasileiros, destacam evoluções do mercado e reforçam a importância desse modelo para a competitividade empresarial, com CSCs bastantes estratégicos para além dos processos transacionais.
Distribuição Regional e Expansão dos CSCs
Com mais de 270 CSCs espalhados pelo Brasil, a região Sudeste desponta como o principal pólo, concentrando 65% das operações, sendo 43% somente no estado de São Paulo. Essa distribuição reflete a força econômica e a infraestrutura robusta da região.
Estrutura das Operações
Grande parte dos CSCs brasileiros são de Médio Porte, ou seja, possuem entre 101 e 500 profissionais. Vale destacar que a quantidade de funcionários dos Centros pode variar dependendo de alguns fatores como porte da empresa, volume de transações, tecnologias aportadas, escopo de serviços, dentre outros:
• 34% têm até 100 funcionários;
• 53% contam com equipes entre 101 e 500 funcionários;
• 13% operam com mais de 500 funcionários.
Processos transacionais continuam sendo a base dos CSCs. Contas a Pagar (90%) e Contas a Receber (80%) figuram como as áreas mais frequentemente centralizadas, refletindo sua relevância para a gestão financeira e operacional das empresas.
Automação e Inovação
No entanto, os CSCs estão evoluindo, para não serem mais percebidos como meros centros de custo, começando a se posicionar como centros de inovação e excelência, oferecendo serviços estratégicos. Atualmente, 39% dos CSCs oferecem serviços de automação de processos para as unidades de negócio, um avanço que reforça a busca contínua por produtividade e controle de custos.
Consultoria e Gestão Interna
A implementação dos CSCs no Brasil é frequentemente apoiada por consultorias especializadas: 68% das empresas utilizam esse suporte para estruturar suas operações. Além disso, 73% mantêm seus CSCs como departamentos internos, evidenciando a a busca por simplificação das questões fiscais.
Atuação Global
Embora muitos CSCs atendam apenas o mercado nacional, 20% já operam como Global Business Services (GBS), oferecendo serviços para unidades em outros países.
À medida que mais empresas reconhecem os benefícios de excelência operacional, o mercado de CSCs no Brasil tende a crescer, impulsionado por inovações tecnológicas, consultorias estratégicas e uma gestão cada vez mais integrada e eficiente.
Com uma estrutura sólida e crescente, os Centros de Serviços Compartilhados no Brasil se consolidam como um pilar estratégico para empresas que buscam eficiência operacional, redução de custos e inovação contínua.
Fonte: MIA, IEG 2024.