Compreender o panorama do mercado brasileiro de Serviços Compartilhados é essencial para a definição da estratégia das empresas que possuem CSC. Em 2018, o Instituto de Engenharia de Gestão (IEG) realizou um overview do mercado de CSCs brasileiros, revelando as principais tendências deste setor.
O Instituto observou que existem mais de 200 empresas que possuem Centros de Serviços Compartilhados no Brasil: Ambev, Braskem, Bunge, CCR, Gerdau, Rede Globo, Heineken, Natura, Nestlé, Raízen, Siemens e Votorantim são alguns exemplos.
Vale destacar que mais da metade dos Centros foram implementados após 2010 e grande parte deles estão localizados no estado de São Paulo. Entretanto, apesar de estarem localizados no Brasil, observa-se que 30% dos Centros também prestam serviços para unidades localizadas, principalmente, em outros países da América do Sul como Argentina, Uruguai, Chile e Peru.
Os processos mais comuns no escopo dos Centros de Serviços Compartilhados são Contas a Pagar, Contabilidade, Recebimento Fiscal, Contas a Receber, Cadastro, Fiscal e Folha de Pagamento.
Para execução da atividade de todos esses processos, os CSCs reúnem cerca de 362 funcionários. Segundo a Pesquisa Perfil de Profissionais de CSC 2017, realizada pelo IEG, em média, 41% dos funcionários possuem de 31 a 40 anos e 60% são do sexo feminino. Além disso, observa-se que grande parte fez graduação nas áreas de Administração e Ciências Contábeis. Vale destacar que mais de 30% das equipes dos Centros possuem pós-graduação ou MBA. Nesta perspectiva, verificou-se também que 75% dos custos das unidades são com pessoal.
Após conhecer o cenário atual, é importante analisar as principais tendências do mercado a fim de estabelecer objetivos essenciais para o crescimento do CSC como o aumento da produtividade, a melhoria na qualidade dos serviços, redução dos riscos e de custos, e a prestação de serviços para outras empresas ou unidades de negócios.
Devido às pressões por redução de custos e aumento da produtividade, 94% dos CSCs pretendem absorver mais atividades e, ao mesmo tempo, manter ou reduzir o número de funcionários. Para isso, grande parte dos Centros está procurando investir cada vez mais em soluções tecnológicas como o RPA.
Essa tecnologia está no radar de grande parte das empresas, sendo que aproximadamente 40% delas já utilizam o RPA no CSC e 30% estão das empresas estão implementando. As áreas com mais atividades robotizadas são Financeiro, Contabilidade e Fiscal.
Dessa forma, nota-se neste panorama a dimensão e o potencial de crescimento do mercado nacional de Serviços Compartilhados, além da importância dos CSCs no cumprimento das metas e estratégias das empresas, impulsionando os investimentos em inovações tecnológicas relevantes nos dias de hoje.
E isso é só o começo!
Autor: IEG
Ano: 2018