SSNews | Edição 68
2021: GESTÃO NA NOVA ERA CORPORATIVA
Pesquisa do IEG revela as 10 soft skills mais
desejadas pelos gestores das empresas.
Resultados da 5ª Parte da Pesquisa Perspectivas CSC
COVID-19 mostram as principais estratégias adotadas
pelos CSCs brasileiros no cenário Covid-19 e suas
perspectivas futuras.
High Potential Program – Shared Services, conheça o
Primeiro Programa de Formação de Talentos de Centros
de Serviços Compartilhados, idealizado para desenvolver
os futuros líderes desse Mercado no país.
CSC da ACCOR Brasil efetiva teletrabalho permanente.
Grupo Santa Maria, empresa que atua nos segmentos
de papéis, reflorestamento, agricultura e energia
implementa Centro de Serviços Compartilhados.
Edition 64 // Year 2019
Sumário
06
08
11
17
Maior evento de interação e discussão de CSC
do Brasil reuniu mais de 250 participantes.
Pesquisa realizada pelo IEG identifica as 10 soft skills
mais desejadas pelos gestores das empresas.
Implementação do Centro de Serviços Compartilhados
no Grupo Santa Maria.
Importância da Segurança da Informação no CSC.
24
28
Conheça o High Potential Program - Shared
Services, novo programa do IEG.
35
38
41
Resumo das reuniões Online dos Grupos de Discussão
em CSC do IEG - 2021no primeiro trimestre.
46
Entrevista com Paulo Castello, CEO e
Fundador da Fhinck.
CSC da ACCOR Brasil efetiva Teletrabalho permanente.
A integração entre Kanban e BPM para orquestrar
o CSC nos novos tempos.
Crises exigem agilidade e respostas rápidas para
se adaptar às mudanças.
www.ssconnection.com.br
3
SHARED Services News
66 // Ano 2021
2020
Edição 68
Editorial
44
Edition
2019
Edição 64
68 // Year
Ano 2021
A 68ª edição da Shared Services News aborda o tema “Gestão na nova era corporativa”.
Devido ao cenário de pandemia da Covid-19, mudanças e adaptações foram necessárias
e implementadas nas empresas e na vida pessoal de cada um. São novos tempos com
grandes desafios. Estamos vivendo uma crise mundial e também brasileira, logicamente, sem
precedentes. Não restam dúvidas que muitas perguntas estão nos desafiando o tempo todo
e tentar entender, pensar nas perspectivas, em boas ideias, bons projetos, testar, arriscar,
resiliência e humanidade estão sendo e serão requisitos ainda mais necessários no mundo
corporativo e pessoal.
Nessa edição, você terá acesso a todo um conteúdo tratando desse contexto.
Na revista você terá acesso a alguns resultados da 5ª Parte da pesquisa Perspectivas CSC |
Covid-19, realizada pelo IEG no período de 01 a 12 de Março, com o objetivo de identificar as
principais estratégias adotadas pelos Centros de Serviços Compartilhados brasileiros no cenário
do COVID-19 e suas perspectivas para o futuro.
Você também terá acesso a pesquisa realizada pelo IEG que identificou as 10 soft skills mais
desejadas pelos gestores das empresas.
Não deixe de conferir como foi a decisão de colocar todo o time administrativo e de CSC da
ACCOR Brasil em teletrabalho permanente. Conversamos com Ramona Linsmayer, diretora de
CSC da ACCOR Brasil e responsável pela decisão.
Confira a matéria que apresenta o novo programa de formação de talentos de CSCs do país,
criado pelo IEG, o High Potential Program – Shared Services, que na sua primeira edição está
com mais de 90 alunos participando.
Na 68ª edição, reunimos muita informação, notícias relevantes, compartilhando experiências
e práticas do mundo corporativo, bem como visão e perspectivas para os próximos anos em
meio ao cenário de gestão na nova era corporativa. Queremos contribuir muito positivamente,
disseminando conteúdo atualizado e de qualidade que certamente ajudará a sua organização.
Boa Leitura! Equipe SSNews.
5
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
5
SHARED Services News
Edição
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Maior evento de
interação e discussão de
CSC do Brasil reuniu mais
de 250 participantes
No dia 18 de maio, o IEG realizou o 8th Shared Services Knowledge Exchange – maior
evento de interação e discussão sobre Serviços Compartilhados do país. Esse ano o evento foi
realizado em plataforma online e interativa, totalmente ao vivo. O evento é focado no segmento
de Serviços Compartilhados, e o tema central discutido esse ano foi “Futuro Inteligente na
Gestão dos CSCs”.
O evento, voltado para o público de líderes e gestores de CSCs do Brasil, contou com mais
de 250 participantes conectados de cerca de mais de 60 empresas do país, com mais de
8 horas intensas de muito conteúdo em uma programação com temas bastante relevantes e
atuais. O evento teve em sua plataforma virtual, o hall de expositores com estandes interativos
e a possibilidade de realização de meets ao vivo através das salas de meeting. dos estandes
interativos de patrocinadores do evento – Rupee, ServiceNow, Fhinck, Requestia, Ambev
e Cervello.
O resultado foi surpreendente! Mais informações sobre os eventos 2021 do IEG no seguinte
email: eventos@ieg.com.br
Siga o @ieg.brasil no Linkedin: IEG – Instituto de Engenharia de Gestão e também no
instagram: www.instagram.com/ieg.brasil
6
www.ieg.com.br/blog
Edição 68
Edition
64 // Ano
Year2021
2019
Confira o vídeo de melhores momentos!
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
7
SHARED Services News
Edição 68 // Ano 2021
Pesquisa realizada pelo IEG identifica
as 10 soft skills mais desejadas pelos
gestores das empresas
2020 foi um ano de grandes desafios em uma velocidade nunca imaginada. A pandemia da
COVID-19 afetou fortemente a economia mundial e fez com que as organizações e profissionais
precisassem se adaptar rapidamente. Pensar nas pessoas que compõem a organização
tornou-se primordial para a continuidade dos negócios.
Com o objetivo de entender quais as competências comportamentais passaram a ser as mais
requeridas pelas empresas após o início da pandemia, o IEG realizou uma pesquisa com 100
gestores de áreas corporativas, de cerca de 20 empresas que possuem atuação no Brasil.
Conheça as top 10 soft skills mais desejadas pelos gestores participantes da pesquisa:
1 – Cultura de Prestação de Serviços:
Ouvir e entender as expectativas e necessidades do cliente, desempenhando com excelência os
atributos que o mesmo de fato valoriza. Estar disposto a buscar a melhor solução para o usuário
dentro das limitações do processo.
2 – Evolução Profissional:
Buscar desenvolver novos conhecimentos e habilidades, tendo o objetivo de aprimorar a atuação
na profissão através de pós-graduações, cursos de atualização, palestras, workshops etc.
3 – Adaptabilidade / Flexibilidade:
Adaptar-se a mudanças, estar aberto a novas ideias, assumir novas responsabilidades, lidar com
pressão e ajustar planos para atender a mudanças.
4 – Gerenciar Tempo:
Otimizar o uso do tempo, estabelecendo metas e atividades prioritárias, além de criar recursos
para não desperdiçar tempo com atividades ineficientes.
8
www.ieg.com.br/blog
Edition
2019
Edição 64
68 //
// Year
Ano 2021
5 – Inovação / Criatividade:
Utilizar técnicas de inovação e criatividade para promover geração de ideias que agreguem valor
à empresa. Pensar e implementar melhorias em serviços prestados, processos de trabalho ou
prática de relacionamento entre pessoas.
6 – Inteligência Emocional:
Ser capaz de reconhecer e regular as emoções no ambiente de trabalho, garantindo uma
atuação satisfatória mesmo diante de momentos de dificuldade profissional e/ou pessoal.
7 – Administração de Conflitos:
Aplicar medidas que promovam cooperação, confiança e transparência entre os profissionais
e implementar estratégias mais adequadas para lidar com cada tipo de situação. Conhecer as
possíveis causas de conflitos, níveis, tipos e áreas da empresa onde ocorrem.
8 – Relacionamento Interpessoal:
Ter conhecimento de técnicas e práticas de relacionamento com a sua equipe e pares. Perceber
o quanto deve impor sua forma de pensar e os seus valores perante a cultura a qual se encontra.
Além disso, saber ajustar-se, quando necessário, às diversas culturas quanto aos seus valores,
comportamentos e expectativas.
www.ssconnection.com.br
www.ieg.com.br/blog
9
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
9 – Técnicas de Comunicação e Apresentação:
Expressar e transmitir ideias a um público espectador, falando e escrevendo de forma correta,
clara e objetiva. Saber se expressar através de elementos visuais, compreender a perspectiva
psicológica das outras pessoas e experimentar reações emocionais por meio da observação
da experiência alheia. Ajustar o comportamento para lidar com o sentimento de outros, além de
valorizar o modo como pensam.
10 – Mindset Tecnológico:
Buscar soluções tecnológicas para melhorar a eficiência dos processos corporativos, se
preocupando em entender como cada tecnologia pode ajudar a resolver um problema. Após
conhecer quais são as soft skills mais valorizadas, sugerimos que você reflita sobre quais delas
são as 3 que você mais precisa se desenvolver e já crie um plano de ação para isso. Sabemos
que a pressão é grande, mas para nos desenvolvermos profissionalmente é fundamental estar
em constante aprendizado e evolução.
Fonte: Pesquisa Perfil de Profissionais de CSC 2020.
Conte com o IEG em seus desafios profissionais, que tem como missão contribuir com
o desenvolvimento e crescimento de pessoas e organizações, gerando e disseminando
conhecimento. Mais informações pesquisas@ieg.com.br
10
www.ieg.com.br/blog
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
Edição
Implementação do Centro de
Serviços Compartilhados no
Grupo Santa Maria
Apesar do momento de incertezas e com o cenário econômico e social, em especial no Brasil,
ainda muito complicado, percebemos que algumas empresas, independentemente do tamanho ou
segmento, têm buscado este momento para se reorganizar em busca de eficiência.
Se o cenário é ruim, por que não aproveitar e reavaliar os processos, os controles, a gestão e o
time? É o momento oportuno para buscar por oportunidades de melhoria, evitando assim despesas
desnecessárias e ineficiências, automatizando processos e desenvolvendo o time que trará mais
organização e controle melhorando a gestão de seus custos, acuracidade e controle, criando um
ambiente organizacional mais controlado, robusto e sustentável.
E assim foi com o Grupo Santa Maria, empresa que atua nos segmentos de papéis, reflorestamento,
agricultura e energia. O grupo decidiu implementar um Centro de Serviços Compartilhados
contemplando as áreas de Finanças, Recursos Humanos, Planejamento Financeiro, Contabilidade,
Tecnologia e Segurança do Trabalho.
Com objetivos claros de curto prazo, tais como melhorar a qualidade: do atendimento e satisfação
do cliente, das informações com precisão e no tempo adequado, implementar um conceito holístico
dos processos E2E, como também visualizando já a ampliação do escopo, considerando a
oportunidade de oferecer serviços a outros negócios do grupo.
Com o desafio de criar uma Cultura do “Atender Bem” equilibrando a necessidade de garantir
melhor experiência do cliente em suas interações, o controle da demanda, gestão dos indicadores e
custos, em paralelo ocorreu o projeto para implantação de um sistema de Tickets, visando garantir
facilidade e eficiência, surgindo assim o slogan “Se é Fácil é CSM”, que foi impresso nos brindes
distribuídos no Go-Live.
Sendo este então o foco, já na largada era fundamental garantir uma boa estrutura de atendimento
e o time muito em linha com a ‘cultura de servir e satisfazer o cliente’ considerando necessidades
diferenciadas de acordo com o segmento atendido. Num contexto de empresa familiar de sucesso,
que vem crescendo e expandindo os negócios ao longo de 59 anos de atuação e importantes
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
11
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
colaboradores com muitos anos de companhia, a percepção de que “sempre funcionou bem, por
que mudar?” era iminente, então, desde o início e ao longo de todo o projeto, dedicou-se muita
atenção ao tema Gestão de Mudanças, englobando ações para esclarecimentos, conhecimento,
treinamento e um plano de comunicação direcionada que contou com ajuda externa para
elaboração dos teasers, logo, etc., reforçando o plano de despertar o desejo de todos em participar,
colaborar com o projeto e se adaptar, se desenvolver com as habilidades necessárias para o
modelo de Centro de Serviços Compartilhados.
Com a garantia de um time comprometido, mais a assertividade na escolha dos ‘Key Users’ e
do gestor interno do projeto “Victor Hugo Niczay”, encontramos um terreno fértil para consultoria,
podendo ser tratado com acolhimento todos os temas padrão e básicos como: Processos, Gestão
de Conhecimento, Gestão de Indicadores e Governança, como os mais estratégicos: Gestão de
Mudanças, Missão, Visão e Valores do CSC, Gestão de Pessoas (descrição de cargos, perfil
profissional, avaliação de desempenho atrelado a um plano de desenvolvimento e carreira), com
o objetivo de criar uma estrutura que garanta o aprimoramento profissional e consequentemente a
construção de um time de alta performance, que em conjunto com a cultura de Melhoria Contínua
possam criar um ambiente de constante aprimoramento e inovação.
Fundamentalmente, grande parte do sucesso é pelo fato de termos fortes patrocinadores desde:
Marcelo Podolan Lacerda Vieira, CEO e Adriano Justus Folador, Diretor Administrativo e Financeiro,
que proporcionaram ao time todo o respaldo necessário, ao longo do desenvolvimento de todo o
projeto.
O projeto se deu em 3 meses, 95% virtualmente, (mais de 51 reuniões de trabalho virtuais), 22
áreas entrevistadas, 315 sub processos mapeados + 288 fluxos desenhados, e em 18/01 surgiu
então o CSM, “Centro de Serviços Santa Maria”.
Sabemos que não se cria um CSC maduro em tão pouco tempo, mas as sementes foram plantadas,
com uma jornada cheia de desafios, porém é certo o sucesso, quando há um conjunto de fatores
como os que encontramos na Santa Maria: um time comprometido, com vontade e uma forte
liderança rumo ao atingimento dos objetivos definidos.
12
www.ieg.com.br/blog
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
Edição 68
Colaboradora:
Claudia Sakakibara Consultora do IEG
Revisor:
Victor Hugo Niczay - Coordenador
de Tecnologia e Negócios do
Grupo Santa Maria.
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
13
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
Pesquisa realizada pelo IEG identifica
as principais estratégias adotadas
pelos CSCs no cenário Covid-19 e suas
perspectivas para o futuro
Há mais de 1 ano, a COVID-19 foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como
uma pandemia. A disseminação começou na China, no final de 2019 e, em poucos meses, o vírus
já foi identificado em pessoas de quase todos os países do mundo.
Com mais de 120 milhões infectados, os maiores índices de casos confirmados até o momento
foram registrados nos Estados Unidos, Brasil, Índia e Rússia. Os impactos da pandemia não se
restringem à saúde das pessoas. Medidas de isolamento social foram sugeridas ou decretadas
por Governantes para conter a propagação e, consequentemente, impactaram diversos setores
da economia.
Sob esta perspectiva, grande parte do comércio fechou suas portas, indústrias reduziram suas
operações, escritórios ficaram praticamente vazios e muitos colaboradores das empresas
passaram a atuar em modelo de operação Home Office.
Após cerca de 1 ano desde o início do decreto que colocou o país em estado de calamidade
pública devido à pandemia, o mercado começou a mostrar sinais tímidos de retomada, mas ainda
com receios de uma “terceira onda”.
Felizmente, no início de 2021 tivemos, enfim, a chegada da vacina no país, trazendo um pouco
mais de esperança para a população.
Diversas dúvidas sobre a duração do contexto atual e a dimensão dos impactos que recairão na
sociedade, de forma geral, causam receio a líderes e gestores de empresas. Por isso, esse é o
momento de buscar informações, analisar cenários e determinar novos caminhos para
os negócios.
O IEG realizou a pesquisa em 5 partes e no período de 01 a 12 de Março de 2021 encerrou a
5ª Parte da Pesquisa Perspectivas CSC COVID-19. O estudo teve como objetivo identificar as
principais estratégias adotadas pelos Centros de Serviços Compartilhados brasileiros no cenário
do COVID-19 e suas perspectivas para o futuro.
14
www.ieg.com.br/blog
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
Edição
A Pesquisa foi respondida por mais de 50 empresas de diferentes portes e segmentos de atuação.
Para acessar a 5ª Parte da Pesquisa, basta clicar aqui e baixar o resumo dos resultados.
De acordo com a Pesquisa, para o ano de 2021, mais da metade das empresas respondentes
adotou ou pretende adotar o Home Office permanente para parte dos colaboradores do CSC. Além
disso, as empresas que responderam positivamente à adoção tiveram como principal motivador o
fato de o Home Office proporcionar a possibilidade de contratação de pessoas de outras regiões.
Adoção do Home Office permanente para 2021
Fonte: Pesquisa Perspectivas CSC | Covid-19 (IEG)
O estudo também demonstrou que dentre as empresas respondentes, mais de 60% não monitorou
ou não está monitorando os impactos sociais, psicológicos e financeiros dos colaboradores do
CSC durante a pandemia da Covid-19.
Fonte: Pesquisa Perspectivas CSC | Covid-19 (IEG)
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
15
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
Também foi possível identificar que os problemas que afetaram um número mais significativo
de colaboradores do CSC foram, primeiramente, a ansiedade e, em seguida, a perda de foco e
produtividade. As incertezas que a pandemia trouxe e o fato de muitos profissionais não estarem
acostumados a trabalhar no formato de Home Office, provavelmente, agravaram esse cenário.
Fonte: Pesquisa Perspectivas CSC | Covid-19 (IEG)
Essas e outras análises você poderá conferir baixando os relatórios com os resumos dos
resultados. Todas as empresas que participaram da pesquisa receberam o relatório com o
resultado completo e consolidado como contrapartida da participação! São Ebooks gratuitos!
O IEG possui uma forte atuação no mercado de Serviços Compartilhados, estando em contato
com empresas referências neste segmento através de eventos, pesquisas, revista e
parcerias firmadas.
Confira os links da pesquisas anteriores: Pesquisa 1, Pesquisa 2, Pesquisa 3, Pesquisa 4
Para mais informações, entre em contato com o IEG Pesquisas: pesquisas@ieg.com.br |
www.ieg.com.br
16
www.ieg.com.br/blog
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
Edição
Importância da Segurança da
Informação no CSC
Os Centros de Serviços Compartilhados (CSCs) tornaram-se uma ferramenta abrangente e
flexível para as empresas, sendo a principal plataforma de uso para organizações que possuem
um grande número de funcionários. Os CSCs lidam com informações diversas e, muitas vezes,
dados sensíveis. De acordo com pesquisa da Deloitte, 88% das organizações possuem funções
de Finanças dentro do CSC, sendo prevalecentes os processos transacionais de Contas a Pagar
e Contas a Receber. Em segundo lugar, com 63%, aparece o setor de Recursos Humanos com
os processos de Gestão de RH e Folha de Pagamento.
Como as Centrais de Serviços possuem muitas informações pessoais, confidenciais e restritas
de uma organização, o tratamento dos dados é rotina dentro dos CSCs. O risco desses dados
serem comprometidos, seja de forma maliciosa ou não intencional, é maior, pois é exatamente o
tipo de informação muito valorizada pelos criminosos cibernéticos.
Atualmente os dados são os principais ativos de uma organização ou indivíduo e sua perda
ou vazamento pode acarretar em grandes prejuízos. Segundo a FortiGuard Labs, somente em
2020 no Brasil, foram registradas mais de 8,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. Já,
de acordo com a TI Safe, entre março e junho do mesmo ano, houve um aumento de 460% nas
tentativas de ataques hackers em empresas industriais brasileiras, tendo um pico de crescimento
de 860% em dezembro.
Ataques cibernéticos sempre ocorreram, mas, desde o início da pandemia até o momento,
eles se intensificaram. Isso aconteceu, pois, muitas organizações ficaram vulneráveis a partir
da implementação do trabalho remoto, uma necessidade inicialmente emergencial, mas
que segundo a consultoria Gartner, veio para ficar, sendo necessário uma adaptação das
organizações a essa nova tendência, garantindo a segurança de suas informações.
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
17
SHARED Services News
Edição 68
68 //
// Ano
Ano 2021
2021
Edição
Neste contexto, para manter as informações protegidas é essencial que a Segurança da
Informação (SI) esteja presente no dia a dia das pessoas e na cultura das organizações.
Para mitigar o risco de modo a garantir a continuidade do negócio, existem princípios básicos
que sustentam a segurança da informação: confidencialidade, que garante que somente
pessoas autorizadas tenham acesso às informações; integridade, que se refere a consistência
e confiabilidade das informações; disponibilidade, que visa garantir que a informação esteja
sempre disponível para acesso legítimo; e autenticidade, que garante que a origem da
informação veio da fonte anunciada, assim sendo possível confirmar sua autoria e originalidade.
Estes princípios orientam a análise, o planejamento e a implementação e devem ser respeitados
para garantir a seguridade da informação em sua organização e, consequentemente, em sua
Central de Serviços Compartilhados.
Os princípios básicos da segurança permitem que organizações e áreas estabeleçam Políticas
de Segurança da Informação (PSI), que devem ser promovidas a todos os colaboradores,
clientes e fornecedores. Este ponto é importante, pois um estudo do Instituto Ponemon indica
que uma das principais causas da exposição dos dados e das falhas na segurança, é justamente
a falta de orientação.
CSCs também devem ter suas Políticas de Segurança bem definidas. Assim, algumas “boas
práticas” devem ser adotadas, como gerenciar a disponibilização das informações de acordo com
o nível de acesso e de perfil dos usuários, o que pode ser feito a partir da Gestão de Identidades
e Acessos (IAM).
A Gestão de Identidades e Acessos é a disciplina que permite que os indivíduos certos acessem
os recursos certos, nos momentos certos e pelos motivos certos. O IAM é fundamental para
evitar violações causadas por roubo de dados maliciosos e perda acidental de dados.
No relatório desenvolvido pela GetApp, 50,7% das empresas entrevistadas relataram violação
de dados ao longo de 12 meses, ao permitir que colaboradores tivessem acesso total a
informações corporativas. Por outro lado, apenas 12,6% das empresas entrevistadas no mesmo
18
www.ieg.com.br/blog
Edition
64 // Ano
Year2021
2019
Edição 68
estudo, relataram violação de dados ao limitarem o acesso dos funcionários apenas aos dados
necessários para que realizassem suas tarefas. Ou seja, empresas que não realizam a Gestão
de Identidades e Acessos têm quatro vezes mais probabilidade de sofrerem violação de dados.
Ao analisar as violações de dados sofridas por mais de 500 organizações pelo mundo, o estudo
Cost of Data Breach 2020 da IBM, apontou que 80% dos incidentes investigados resultaram
na exposição das informações de identificação pessoal (PII). O estudo mostra que contas
comprometidas de funcionários e nuvens com configurações incorretas foram as causas mais
comuns de violações maliciosas e também as mais caras, representando aproximadamente 40%
dos incidentes. É importante ter consciência do cenário geral e dos reais riscos, principalmente
com a entrada em vigor da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que prevê severas
punições a vazamentos de dados pessoais.
Manter uma Gestão de Identidade e Acessos bem consolidada é fundamental à segurança das
informações dos CSCs e para adequação aos parâmetros descritos na LGPD. Só a partir de sua
implementação é possível responder: Quem tem acesso? A quais aplicações? Por qual motivo?
Por quanto tempo?
A Criptografia também tem um papel importante. As informações que são trafegadas dentro do
CSC, frequentemente passam por mais de um local antes de chegar ao seu destino final, sendo
necessário criptografar as informações para que elas possam somente ser lidas e compreendidas
pelas partes autorizadas.
Uma camada extra de segurança que deve ser adotada no CSC é a Autenticação Multifator
(MFA). A combinação de mais de um método de autenticação além da senha do usuário, garante
mais proteção para que a pessoa certa possa acessar os dados certos, ao mesmo tempo que
protege as informações de usuários não aprovados.
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
19
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
Portanto, garantir um ambiente de CSC seguro vai além de manter o sigilo sobre questões
confidenciais e estratégicas da empresa. É preciso implementar Políticas de Segurança, investir
em soluções modernas e inovadoras de Autenticação, Criptografia e em Gestão de Identidades e
Acessos. Alinhar a segurança da informação aos negócios, junto a iniciativas de conscientização
para formar uma cultura de segurança dentro da organização, pode fazer toda diferença. Em
conjunto, esses recursos ajudam a mitigar os riscos, evitando que os dados fiquem vulneráveis a
ciberataques, preservando o principal ativo de uma organização: as informações.
Colaborador:
André Dainez,
Especialista em Segurança da
Informação na Requestia
Automatize sua Gestão de Identidades e Acessos.
O Requestia IAM realiza a Gestão de Identidades e Acessos do seu negócio. A aplicação
automatiza a criação e manutenção das identidades e do gerenciamento dos acessos, reduzindo
a possibilidade de vazamento de dados e acessos não autorizados a sistemas críticos. Altamente
flexível e configurável, o Requestia IAM se adapta às necessidades da sua empresa, gerando
autonomia, transparência e segurança em seu CSC.
Transforme a Gestão de Identidades e Acessos do seu negócio com o Requestia IAM:
https://requestia.com/iam/
20
www.ieg.com.br/blog
SHARED Services News
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
Edição
Experiência do Colaborador:
Automatize Processos de Ponta a Ponta
Reúna todas as demandas da sua empresa em um único portal de
autoatendimento, oferecendo uma ótima experiência aos seus colaboradores.
Com a Requestia você orquestra
processos, automatiza tarefas e
integra a nossa solução às mais
variadas aplicações corporativas.
RPA
BPM
Ao reunir diferentes tecnologias em uma
única aplicação, a Requestia oferece o
necessário para Hiperautomação dos
seus processos de negócios!
Requestia
API
SELF
SERVICE
PORTAL
LOW-CODE
A Requestia simplifica:
Central de Serviços
Compartilhados
Central de Cadastros
Serviços de RH
Operações Financeiras
Service Desk
Automação de Processos
Ativos e CMDB
Gestão de Serviços
de TI
Gestão de Identidades
e Acessos
Solicite uma demonstração: requestia.com/demo
vendas@requestia.com
| +55 (19) 3262-0262 | requestia.com
21
www.linkedin.com/company/shared-services-connection
www.ssconnection.com.br
21
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
A Pesquisa Benchmark em
CSC 2021 já começou!
A Pesquisa Benchmark em CSC iniciou sua 13ª edição em 2021, contando com a participação
de 32 empresas. O estudo é realizado desde 2009 pelo Instituto de Engenharia de Gestão (IEG)
com o intuito de possibilitar um comparativo entre os Centros de Serviços Compartilhados,
traçando um panorama que aborda os principais pilares do modelo.
Ao longo desses anos, o IEG já ajudou mais de 100 empresas na identificação de
oportunidades de melhoria para o CSC baseadas em fatos e dados. Além disso, o estudo
permite o acompanhamento da evolução do mercado, identificando boas práticas, tendências e
estatísticas que servem de referência para as empresas que possuem a estrutura de Serviços
Compartilhados.
As empresas participantes desta edição da pesquisa estão levantando as informações
necessárias para o estudo, como práticas de gestão, indicadores de desempenho, custos,
volumes de transação e alocação da equipe nos macroprocessos mais comuns dos Centros de
Serviços Compartilhados brasileiros: Requisition to Pay, Order to Cash, Fiscal, Contabilidade,
Recursos Humanos, Tecnologia da Informação, Facilities e Jurídico.
O relatório final consolida os principais resultados da pesquisa, mostrando como os CSCs estão
estruturados atualmente, como está a produtividade em custos e nível de serviço, quais são
as principais práticas de gestão utilizadas e, também, o nível de maturidade em relação a seis
macrocritérios: Excelência em Processos, Gestão de Gente, Cultura, Apuração do Nível de
Serviço, Experiência do Cliente, Inteligência de Dados e Inovação Contínua.
Dessa forma, as empresas costumam participar com frequência do Benchmark em CSC com
o objetivo de estarem atualizadas em relação ao mercado e manterem a busca contínua por
melhorias ao se compararem com o mercado e consigo mesmas, através da evolução de seus
resultados ao longo dos anos.
Conheça mais sobre a Pesquisa de Benchmarking do IEG.
Informações no e-mail csc@ieg.com.br IEG – www.ieg.com.br
22
www.ieg.com.br/blog
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
Edição
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
23
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
Conheça o High Potential
Program - Shared Services,
novo programa do IEG
Com o objetivo de proporcionar uma formação diferenciada para os talentos de Centros de
Serviços Compartilhados, o IEG criou o primeiro Programa de Formação de Talentos de CSC do
mercado brasileiro.
O High Potential foi construído com base nos 13 anos de experiência do IEG em Serviços
Compartilhados unida a sua expertise em Educação Corporativa. Com mais de 90 participantes
em sua primeira edição, o programa desenvolverá ao longo de 9 meses um novo conjunto de
competências essenciais para atuação em CSC, preparando líderes e futuros líderes de Serviços
Compartilhados para conduzirem os projetos de transformação em suas empresas.
O programa começou no dia 06 de Abril e, em sua aula inaugural, contou com a participação
de dois convidados de peso: Timóteo Tangarife, Superintendente do CSC da Eletrobras e
Diretor-Presidente da Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC) e Mauricio
Lemos, Diretor de Operações na Agro Ven.
24
www.ieg.com.br/blog
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
www.ssconnection.com.br
www.ieg.com.br/blog
25
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
Nos próximos meses, os participantes terão acesso a aulas online gravadas disponibilizadas
em uma plataforma exclusiva do programa, além das aulas ao vivo que permitem interação e
networking com integrantes dos maiores Centros de Serviços do país. Além disso, todos
tiveram a oportunidade de participar do 8th Shared Services Knowledge Exchange, maior
evento de CSC do país que aconteceu no formato online e ao vivo em 18 de Maio.
Mais informações sobre o Programa no e-mail highpotential@ieg.com.br
IEG – www.ieg.com.br
26
www.ieg.com.br/blog
Edition 64 // Year 2019
www.ssconnection.com.br
27
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
Entrevista com a Fhinck
Paulo Castello, CEO e
Fundador da Fhinck
1. Devido à pandemia, muitas mudanças, transformações e inovações foram
impulsionadas nas organizações. Como você avalia essa aceleração no mundo
corporativo? Qual o balanço de 2020?
O Balanço 2020 é o começo da era de extinção das organizações não digitais. O que significa
que nessa década as grandes corporações vão precisar reinventar suas empresas, cultura e
modelos de negócio ou não serão mais competitivas.
O ano de 2020 forçou todos a irem para o digital, até a minha avó passou usar app de banco.
E forçou a maioria das empresas a adotarem uma dinâmica de gestão virtual. Porém, a
transformação digital não tem absolutamente nada a ver com tecnologia, tem a ver com a
mentalidade do C-Level (o exemplo vem de cima). O mundo corporativo foi empurrado pela
pandemia a evoluir para o digital, porém muitas organizações não estavam digitalizadas e
acabaram ficando num limbo que elas começaram a chamar carinhosamente de híbrido. Foram
para um mundo virtual, e tentaram e o pior, ainda tentam simular o ambiente de trabalho físico.
Muitas empresas não abraçaram a nova realidade digital e ainda estão com planos de desenho
de uma organização analógica. Estão perdendo tempo, montando planos de retorno dos
funcionários, chamando de ambiente híbrido (fica dois dias em casa, três dias no escritório).
A triste verdade é que essas empresas sabem que é muito difícil se digitalizar (pois muito
investimento foi feito e ainda está sendo feito num desenho organizacional pré-covid-19) e vai
demandar um reinvestimento gigantesco, desfazer tudo, e o pior se reinventar como profissional
para liderar uma transformação radical da organização e do mindset de quem toma decisão.
Então, por ser muito dolorido, estão gastando energia num projeto perdido/falido. E quanto mais
tempo gastarem nesse projeto, mais distantes vão ficar das organizações 100% digitais. Todas
as startups que disputarão nos próximos anos o mesmo mercado em que você atua, já estão
nascendo 100% digitais. E isso que é interessante, a competição será num campo de batalha
onde quem domina o digital terá a maior vantagem.
28
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
Apenas para contextualizar, a diferença do virtual e do digital:
- Virtual: Organização que tenta replicar/simular o que eu tenho no mundo físico.
- Digital: Organização dinâmica, que responde rápido aos desafios externos e internos, baseada
totalmente em dados (people analytics, process analytics, platform analytics, customer analytics).
Os sistemas totalmente em nuvem, permitindo o anywhere office e integrações contínuas através
de APIs. Suportado por times multidisciplinares que usam e abusam de ciência de dados e
machine learning.
Uma outra avaliação de 2020 é que devido a pandemia, burocracias, leis e protocolos foram
forçados a acompanhar a velocidade da transmissão do vírus. E isso abriu as portas para
colocar essa década numa velocidade sobrenatural. Apertem os cintos, pois estamos entrando
em velocidade supersônica. A medicina vai dar um salto de décadas nos próximos meses/anos
Uma vacina/remédio/tratamento, que levava 10/15/20 anos para ser aprovado a partir de agora
sairá do laboratório para o consumidor em 8 meses.
Absolutamente TUDO está mais rápido e ficará cada vez mais rápido nos próximos meses/anos.
• Pré-covid-19 um vendedor fazia duas visitas/reuniões a clientes em um dia
• Pós-covid-19 o mesmo vendedor faz cinco a seis reuniões com clientes em um dia
• Pré-covid-19 um contrato trafegava via e-mail, era impresso, precisava uma ou mais pessoas
ficarem coordenando e disponíveis numa determinada hora do dia sincronizados com a logística
com motoboy para circular o documento entre as partes para que as assinaturas fossem
coletadas, na maioria das vezes tendo que passar por cartório para autenticações da assinatura.
Levava literalmente 5 dias para as vias estarem assinadas, autenticadas e distribuídas cada via
com sua devida entidade
• Pós-covid-19 o contrato é assinado em minutos digitalmente, de qualquer lugar, via plataforma
na nuvem acessada por computador ou celular.
São inúmeros os exemplos de coisas pequenas (como assinar um contrato) e gigantes (como
lançar um medicamento) que ganharam velocidade supersônica e aceleraram num fator médio
de 15 vezes!!!
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
29
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
2. Poderia compartilhar com os leitores da SSNews quais os benefícios e a importância da
Gestão e Inteligência de dados, e como a Fhinck está estruturada para auxiliar as
empresas nesse objetivo?
Experiência do Cliente. Esse é o nome do jogo atual. Muitos acham que experiência do
cliente é fazer um aplicativo para celular, implantar um chatbot ou colocar sua loja na web
(comércio eletrônico). A experiência do cliente é um jogo de touch points, quanto mais passos o
cliente tiver que dar, quanto mais tempo o cliente tiver que esperar sua empresa será penalizada.
O jogo da experiência do cliente poderia ser relacionado ao futebol americano, onde você
tem um time de ataque (frontline) e você tem um time de defesa (suporte, apoio e back-office).
Em programação chamamos de frontend (interface com usuário) e backend (processamento,
cálculos, regras de negócio, etc). Não adianta você fazer um app em que o cliente abre uma
conta no celular, mas leva horas ou dias para receber uma informação.
Cada touch point que você elimina no front e no back, hoje em dia, é estratégico para a
experiência do seu cliente.
Logo, os CSCs, que são a plataforma de processamento da organização, precisam estar
buscando eliminação de touch points, todos os dias.
• Quantos cliques um analista precisa fazer para realizar suas atividades?
• Quantos copiar e colar entre sistemas?
• Quantos sistemas precisam logar?
• Quantas telas precisam navegar?
• Quantos arquivos em Excel precisam trabalhar?
• Quantas reuniões têm que fazer por dia?
• Quais atalhos de teclado seu analista desconhece em cada sistema (apesar de ser a principal
ferramenta de trabalho)?
• Quais processos estão se desviando e o Excel está roubando ações do seu ERP?
• Quais telas demoram mais?
• Em que turno me analista consegue ficar mais focado?
30
www.ieg.com.br/blog
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
• Como está minha exposição a riscos trabalhistas num time que está trabalhando de diversos
lugares diferentes (horas-extras não computadas acima do permitido, descanso mínimo nas
jornadas de trabalho, etc)?
• Qual dos meus analistas está com tendência e hábitos para Burnout (jornada de trabalho
desbalanceada)?
São inúmeras maneiras de aumentar a eficiência operacional ao usar dados que a Fhinck coleta
no dia a dia para ajudar os CSCs a diariamente reduzirem touch points analisando Pessoas +
Processos + Plataformas.
Todas as empresas, no mundo inteiro, estão tentando replicar o mindset de startup, Fail Fast &
Learn Fast. E para isso, precisa começar a trabalhar baseado em dados. Com elaboração de
hipóteses, testes, análises dos dados e validação (ou nova hipótese).
Ou seja, a evolução da melhoria contínua é a experimentação contínua em processos.
3. Qual a sua visão no que tange ao futuro da transformação digital nas corporações?
Esse novo mundo supersônico, que já estamos experimentando, porém com restrições físicas
e sociais, será ampliado nos próximos 12 meses, conforme as restrições sociais acabarem
via vacinação.
VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity)
BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible)
Seja lá qual for o acrônimo que queira descrever o mundo atual, o que temos certeza é que o
cenário em que estamos competindo, está extremamente rápido devido sua digitalização, as
decisões estão sendo (e serão) tomadas por algoritmos em milissegundos.
E aí temos vários desafios complexos na nossa sociedade que as organizações terão que
resolver cada uma com sua própria estratégia. Vou citar apenas dois desafios mais urgentes:
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
31
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
1º Desafio de transformação digital: Liderança Pirata (Lidere sua tripulação quaseindisciplinada num ambiente caótico, onde as regras são reescritas por você ou pelo seu
competidor a cada momento).
Novos perfis de liderança (não importa a idade) terão que unir experiência, conhecimento técnico
na área que atua, conhecer lógica de programação, muita inteligência emocional para lidar com
um mundo extremamente rápido e com muita pressão e precisará saber ler e hackear cada
um do seu time. Cada indivíduo do seu time, quer ser tratado individualmente, quer feedback
constante, quer interagir e participar de decisões (sim, isso mesmo), opera de um jeito, tem suas
próprias motivações e o mais desafiador... Não gosta ou está acostumado com rotina e disciplina.
Para extrair o máximo de cada um, mantendo todos engajados na missão os líderes terão que
dedicar muito tempo em coaching individual ao invés de gestão. E o líder que não se transformar
continuamente vai ficar para trás.
2º Desafio de transformação digital: Escola de mutantes (As portas do mundo estão
escancaradas para os talentos trabalharem em qualquer em presa, morando em qualquer
lugar que queira)
A guerra por talentos já começou em todos os níveis e a nossa moeda está fraca (o que significa
que um salário mensal mediano, num país de moeda forte, um analista pleno se paga USD
4.000/mês. Com o mesmo valor (ou até abaixo), poderão e já estão contratando brasileiros do
mesmo nível por BRL$ 22k a 25k.
E aí entra o desafio. O modelo de educação atual que temos e que a maioria dos executivos
atuais aprendeu está desatualizado, é lento, analógico, pois foi desenhado há mais de um
século na revolução industrial para ensinar as pessoas a seguir procedimentos escritos e fixos.
O nosso ensino atual foi desenhado para produzir profissionais em massa/escala, todos numa
sala, todos recebendo o mesmo conteúdo, da mesma forma, no mesmo horário. O critério de
avaliação de um aluno ainda é baseado no quanto que esse aluno consegue replicar, passo a
passo, conforme foi instruído pelo professor (pois assim que seria o seu trabalho numa fábrica na
revolução industrial).
32
www.ieg.com.br/blog
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
Nosso sistema educacional não ensina o aluno (individualmente, no seu tempo, com seus
recursos e suas limitações) a aprender novos conhecimentos, reeducar (ou desaprender)
conhecimentos adquiridos no passado, pesquisar, analisar, criticar, programar e experimentar
(onde a falha é parte do aprendizado).
O novo ambiente de trabalho é disperso fisicamente, tem sotaque, fala outras línguas, está
em diferentes fusos horários, o ambiente e sistemas são acessados de qualquer lugar, cada
passo digital (touch point)/clique é convertido em dados e digitalmente registrado, analisado por
diversas áreas de conhecimento (marketing, RH, finanças, logística, jurídico) usando ciência
de dados para entender comportamentos, perfis, prever e recomendar ações (ou tomar ações
automaticamente baseado em premissas pré-estabelecidas) e então os dados são devidamente
armazenados ou devidamente descartados (por proteção LGPD/GDPR).
A absorção do conhecimento do ser humano não é mais fixa e feita em lote de tempo (um
diploma precisa de 4/5 anos numa faculdade). Agora a absorção de conhecimento é fluída
e dinâmica, não dá mais tempo para ler um livro inteiro, o conhecimento é criado através de
inúmeras fontes, plataformas e os criadores de conhecimento estão espalhados em comunidades
digitais. São dezenas de micro-cursos conceituais e técnicos em combinação com a prática
que vão formando os novos profissionais. Todo dia os sistemas são redesenhados e novas
versões/releases entram no ar, todo dia um novo paradigma aparece sobre qualquer assunto
e precisa ser rapidamente analisado, descartado ou para ser adotado. E é essa dinâmica que
vai transformando a pessoa num novo tipo de profissional. Bem vindo à era dos profissionais
mutantes. Hoje, já vemos profissionais navegando de uma área para outra e cada vez essa
navegação vai ficar mais fluída e com menos preconceitos.
As organizações precisarão ter suas escolas de mutantes, pois contratar talentos de fora
em real será muito pouco e não será sustentável ao longo do tempo (a não ser que você
aposte que o Real Brasileiro vai parear com o Dólar Americano).
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
33
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
34
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
Resumo das reuniões Online dos
Grupos de Discussão em CSC do IEG 2021 primeiro trimestre
Em 2021, as reuniões dos Grupos de Discussão sobre CSCs coordenados pelo IEG –
Compartilha, Coopera+, GESC, Inova e SOMAR – seguem a todo vapor. Nos meses de
fevereiro e março foram realizados os primeiros encontros do ano via web conferência, nos
quais as empresas participantes puderam realizar discussões e trocas de experiências.
- Compartilha: A reunião do Compartilha teve como tema principal o Lean Office, uma filosofia
muito utilizada em CSCs, que envolve temas como produtividade e eficiência em processos,
no sentido de proporcionar ganhos e melhorias para o Centro. A Braskem, uma das empresas
participantes do Grupo, apresentou um case interno sobre o tema, por meio do qual foi possível
compreender o processo desde a implementação da metodologia Lean, até o estágio atual de
maturação do ciclo, além de todas as áreas impactadas e ganhos financeiros percebidos. Ao
longo da reunião, as empresas puderam discutir sobre o tema e destacar as formas como o
Lean Office é abordado em suas companhias.
- Coopera+: O Coopera+ decidiu abordar a Experiência do Cliente para a primeira reunião
do ano. A Prudential realizou uma apresentação de case sobre o tema, demonstrando alguns
programas internos realizados para uma aproximação e melhoria nas relações entre clientes
e colaboradores. As empresas participantes discutiram sobre a importância em manter uma
relação estreita com os clientes, entendendo suas necessidades e priorizando seu atendimento
e satisfação. Além disso, o IEG apresentou os resultados de uma pesquisa realizada com as
empresas participantes do Grupo em relação a algumas práticas sobre o tema e a forma como
elas são abordadas dentro de cada CSC.
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
35
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
- GESC: A 112ª reunião do Grupo GESC contou com a participação de cerca de 60 profissionais
de CSC para discutir sobre Gestão de Projetos remota, com apresentações de cases da Ambev
e Vallourec. Desde o início da pandemia, as empresas enfrentam o desafio de manter seus
projetos rodando com toda ou grande parte da equipe trabalhando de forma remota. Para isso,
utilizam metodologias ágeis, ferramentas que permitem discussões colaborativas a distância e a
figura do PMO para garantir a organização e cumprimentos das entregas previstas.
- Inova: O Grupo Inova abordou o tema RPA na primeira reunião do ano. Para fomentar
a discussão, foi apresentado um case de empresa do Grupo (Bild) e um case de empresa
convidada (Natura). Ambas mostraram suas jornadas de implementação do Robotic Process
Automation, detalhando sobre o perfil da equipe, metodologia de priorização de atividades a
serem robotizadas, número atual de robôs, processo de governança, resultados e
lições aprendidas.
- Somar: No primeiro encontro de 2021, o Grupo SOMAR abordou a Transformação Digital
no CSC, com apresentação de case do Grupo SEB. O tema vem sendo muito discutido,
principalmente após o início da pandemia da COVID-19, já que muitas das atividades dos
CSCs passaram a ser realizadas a distância, seguindo o modelo de Home Office. Em relação
à apresentação, as empresas puderam discutir sobre alguns cases trazidos pelo Grupo SEB
relacionados à migração para uma cultura digital.
36
www.ieg.com.br/blog
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
37
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
CSC da ACCOR Brasil efetiva
Teletrabalho permanente
Conversamos com Ramona Linsmayer, Head do Centro de Serviços Compartilhados da Accor
Brasil, que nos contou como foi a decisão disruptiva de colocar toda a operação do CSC em
modelo 100% remoto e permanente.
Foto do CoWorking da Accor – espaço de 45 metros quadrados que vai servir de apoio para reuniões pontuais.
Muitas empresas estão em home office desde o início da pandemia e o CSC da Accor Brasil,
percebeu, após sete meses trabalhando remotamente, que conseguia por meio deste formato
garantir a segurança e saúde de seus colaboradores, além de manter as demandas e entregas
com a mesma qualidade. Então, foi decidido pela sua permanência de forma definitiva.
Segundo Ramona, o “teletrabalho é um tema muito simples, mas exigiu muito cuidado para ser
implantado”.
“Foi realizada uma pesquisa com o nosso time e o resultado foi de que a grande maioria
38
www.ieg.com.br/blog
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
dos colaboradores aprovava e se comprometia com a iniciativa de fazermos um modelo de
teletrabalho definitivo para 100% do CSC, o que já estamos fazendo desde 06/10/2020”,
comentou a Head do Centro de Serviços Compartilhados da Accor Brasil.
Para viabilizar a nova forma de trabalho, estruturaram um business case com o objetivo de
verificar quais investimentos seriam necessários para que os trabalhadores realizassem suas
atividades em casa (por exemplo, cadeiras, suporte para os pés, apoiador de braços – mantendo
todo o cuidado com a ergonomia), além de terem elaborado junto a todos os colaboradores a
formalização de um contrato de trabalho neste novo modelo de teletrabalho.
Muitos benefícios e ganhos foram percebidos com a iniciativa, dentre os quais a melhoria da
qualidade de vida das pessoas e a contribuição para o meio ambiente. Conforme comentou
Ramona, com a eliminação do deslocamento do time, pouparam-se em média, 3h de trânsito por
dia e, para a empresa, uma economia com vale transporte e mais cuidados com o planeta e meio
ambiente, uma vez que a redução de deslocamento das equipes contribui para a redução de
emissão de carbono na atmosfera, umas das preocupações da Accor.
Conforme ressaltado, também, pela executiva, foi possível perceber uma considerável redução
de custos fixos e variáveis do CSC, o que resultou em benefícios de caixa para seus clientes,
já que toda a economia gerada foi compartilhada com hotéis e com a matriz, possibilitando
que investidores da ACCOR possam inverter seus investimentos cada vez mais no segmento
hoteleiro, maximizando os seus retornos.
Com o formato definitivo de home office, os colaboradores do CSC seguem com a rotina de
trabalho de suas casas, com segurança, além de poderem contar com um espaço de coworking
para 21 pessoas, para reuniões pontuais. Antes, o Centro ocupava um piso de 1.200 m2 onde
trabalhavam 150 pessoas e existiam amplas salas de treinamento e reuniões.
Ramona comenta que a conexão entre as pessoas melhorou muito, tudo ficou mais rápido, fácil
e mais pontual. Mas, reforça que todos irão se reunir presencialmente no futuro, porém em um
novo formato e com uma melhor qualidade. “Para o CSC da Accor funcionou muito bem, mas
isso não significa que poderá funcionar para todos, cada área tem um perfil” comenta Ramona.
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
39
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
A Head do CSC da Accor Brasil está muito orgulhosa da decisão tomada pela empresa,
mas ressalta “Deu certo, mas estamos atentos para confirmar se será sustentável? Se não
for, voltaremos atrás. Os CEOs mundial e da América do Sul da ACCOR nos estimulam a
experimentar coisas novas. Esta é uma inovação, e precisávamos tentar.
Continuaremos neste novo modelo por pelo menos mais 2 ou 3 anos, e isso não significa que
não teremos os 150 colaboradores unidos presencialmente novamente, significa que precisamos
cuidar do que é mais precioso para a ACCOR, ou seja, as pessoas”.
Pedimos para Ramona deixar 3 dicas importantes para a empresa que também está pensando
em tornar o Home Office permanente.
1. Confiança REAL e TOTAL no time operacional, coordenadores e gerentes.
2. Segurança da Informação: Ter uma base de tecnologia robusta, bem como atender a todos
os pré-requisitos da Lei LGPD – Lei Geral de Proteção de DADOS.
3. Ter processos sólidos e documentados, bem como governança clara e transparente com
KPIs que traduzam o que esta sendo entregue.
Colaboradora:
Ramona Linsmayer,
Head do Centro de Serviços
Compartilhados da Accor Brasil
40
www.ieg.com.br/blog
Edição 68
Edition
64 //
// Ano
Year2021
2019
A integração entre Kanban e BPM para
orquestrar o CSC nos novos tempos
Nos Centro de Serviços Compartilhados (CSC), os Softwares de Gestão Integrados (ERP) e os
Sistemas de Gerenciamento de Processos de Negócios (BPM) já estão altamente difundidos nos
dias de hoje. É impossível pensar nesses centros sem a utilização de ambas soluções. Mas, ao
mesmo tempo, muitas empresas ainda estão em busca de automações e tentando identificar o
grande passo para o futuro, como uma astrologia ou na base da tentativa e erro, robotização,
Interfaces de Programação de Aplicativos e Integrações. Mas como tudo na vida, cada um tem a
sua opinião.
O que está sendo bastante utilizado é a robotização para tarefas recorrentes, com a finalidade de
diminuir headcount. Por outro lado, o robô na maioria das vezes não é inteligente, ou seja, não
usa inteligência artificial. Portanto, toda vez que há uma exceção, exige que um colaborador pare
e dedique algumas horas para entender o que aconteceu. Enquanto nas integrações nativas,
cada exceção é tratada como uma melhoria, seguindo os mais altos padrões de “PDCA (PlanDo-Check-Act)”, melhoria contínua.
No mercado, os sistemas de BPM se propõem a ajudar as organizações a suportarem seus
processos de negócio automatizados, permitindo a visibilidade em cada departamento das
informações presentes em um processo e ajudando os gestores a realizarem rápidas tomadas
de decisões impulsionadas pelo negócio. Além disso, servem como uma camada para as
integrações entre sistemas, permitindo que as mudanças sejam realizadas de maneira muito
mais rápida e eficiente.
Por outro lado, hoje vivemos em uma época que temos cada vez mais novas soluções (um
aplicativo ou um software) para cada “dor” que surge no mercado. Olhe para o seu celular,
por exemplo. Você não tem um aplicativo que faz tudo. Você tem um ou mais aplicativos para
pedidos de comida, outros aplicativos para locomoção, bancos digitais, entre outros.
Adicionalmente, cada um de nós temos um app de preferência para cada caso, dessa forma
criamos um conjunto de aplicativos que são os nossos preferidos, o nosso “stack”.
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
41
SHARED Services News
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Edição
Esse mesmo movimento está acontecendo nesse exato momento, também, dentro das
empresas. Cada departamento está em busca de um ou mais softwares “personalíssimos”,
ou seja, o jurídico com o advento das lawtechs terá um software para controlar os processos
judiciais, outro para controlar o paralegal, um Gestor Eletrônico de Documentos em nuvem –
GED, entre outros. Quando olhamos para o time do fiscal, tem um software para baixar os XMLs,
um para gerar as declarações e SPEDs, outro para cruzar as informações e ainda enviar por
e-mail o DARF para o Contas a Pagar, e assim por diante. Os CSC estão construindo os seus
próprios “stacks”. Isso tudo gera mais do que um triplo clique (um no ERP, um no BPM e outro
em cada software “personalíssimo”), excesso de troca de e-mails, altas horas em reuniões de
zoom para alinhamento e uma necessidade urgente de uma nova visão.
Dessa forma, o BPM serve para compor os departamentos e com esse cenário deve servir
como um orquestrador do CSC, integrando com cada software “personalíssimo”, com o ERP,
com o CRM, e dando uma visão clara e precisa de cada processo. Minimizando os cliques,
economizando horas e evitando perda de tarefas por excesso de e-mails.
Nesse mesmo sentido, o Kanban tem se mostrado cada vez mais eficiente. Kanban é um
termo japonês que significa “cartão”. O sistema recebeu esse nome pela própria empresa que
o desenvolveu, a Toyota. O Kanban é um sistema ágil e visual para controle de entregáveis e
tarefas, processos, e gestão de time.
Dessa forma, é considerado uma das metodologias ágeis atuais, onde ser ágil significa permitir
que os processos, as tarefas e entregáveis sejam gerenciados com eficiência envolvendo o time
inteiro de forma visual.
Na prática, o Kanban é um quadro dividido em colunas (podendo ser ajustado ao seu públicoalvo), mas geralmente dividido em To-do (a fazer), Work-In-Progress (fazendo) e Done (feito).
A grande questão é que o Kanban clássico foi desenvolvido para projetos com início, meio e fim,
para entregas de automóveis no início, depois para projetos de desenvolvimento de softwares.
42
www.ieg.com.br/blog
Edição
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
O desafio foi desenvolver um Kanban para processos, tarefas e entregáveis recorrentes e
contínuos. A partir desse passo, tem-se gestão à vista e visual utilizando cores, e as colunas de
andamento tradicional do método. O aumento de produtividade, gestão e acompanhamento dos
processos e a satisfação dos colaboradores estão entre os maiores benefícios percebidos com a
utilização do Kanban.
Feito isso, e com o Sistema de Gerenciamento de Processo de Negócio altamente integrável,
temos a união do Kanban e do BPM. Essa combinação traz a gestão à vista para os gestores,
podendo ser acessada de qualquer lugar, no home-office, ou na televisão no meio do CSC no
escritório, economizando horas, evitando troca de e-mails em excesso, utilização de whatsapp
e outras ferramentas que não tragam a evidência do recebimento, assim evitando falhas nos
processos e pagamentos atrasados.
Em suma, o Kanban lhe dará a gestão ágil e visual dos processos e o BPM irá orquestrar os seus
procedimentos de forma integrada com as suas diversas outras soluções. Essa combinação com
a adição de uma inteligência artificial, como o IBM Watson®, faz com que os processos fiquem
cada vez mais inteligentes e preditivos.
Guilherme Baumworcel é fundador da Rupee (https://rupee.com.br/) - plataforma de tecnologia
em nuvem que aplica metodologias ágeis e inteligência artificial para o Back-Office de empresas
e escritórios contábeis. Aos 29 anos fundou sua primeira empresa, a RAZAK - firma membro
da HLB International, e a vendeu em menos de 3 anos. Formado em Ciências Contábeis pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro, atuou como consultor tributário para Deloitte e PwC.
Baumworcel também é professor de Gestão Financeira de Startups no MBA em Inovação e
Tecnologia em Serviços Financeiros do Ibmec e palestrante de Metodologias Ágeis para o
mundo corporativo.
Colaborador:
Guilherme Baumworcel,
CEO e Fundador da Rupee
www.ieg.com.br/blog
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
43
SHARED Services News
Edição 68 // Ano 2021
44
Edition 64 // Year 2019
Cursos In-company.
Treinamentos para sua empresa online e ao vivo.
Cursos personalizados para a sua demanda.
Conteúdo relevante, metodologia prática e professores com ampla experiência profissional
naquilo que ensinam.
O objetivo da Escola de Negócios do IEG é capacitar equipes com competências que
fazem a diferença e geram resultados para empresa.
Tipos de treinamento disponíveis:
• Treinamentos Online e Ao Vivo
• Treinamentos Online e Gravados
• Treinamentos Híbridos
Principais Temas e Treinamentos:
Soft Skills
• Negociação & Vendas
• Comunicação
• Inteligência Emocional
• Gestão do Tempo e Produtividade
• Coaching
Inovação
• Empreendedorismo
• Metodologias Ágeis
• Design Thinking
• Design Sprint
• Mindset Tecnológico
Análise de Dados
• Excel Aplicado a Negócios
• VBA Aplicado a Negócios
• Power BI Aplicado a Negócios
• Python para Negócios
• Data Science para Negócios
Operações
• Logística e Supply Chain
• Gestão da Qualidade
• Gestão de Processos
• Gestão de Indicadores
• Serviço ao Cliente
• Serviços Compartilhados
Finanças
• Finanças Corporativas
• Finanças Pessoais
• Gestão Financeira
• Gestão de Custos
• Gestão Orçamentária
Gestão Estratégica
• Leadership Skills
• Gestão de Pessoas
• Método Lean
• Sucesso do Cliente
• Julgamento e Tomada de Decisão
• Gestão da Mudança
Desenvolva sua equipe e acelere os resultados da sua empresa.
+informações: incompany@ieg.com.br | (21) 2223-2895
www.ssconnection.com.br
45
SHARED Services News
Edição
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Crises exigem agilidade e
respostas rápidas para se
adaptar às mudanças
Tempos de crise e de mudanças radicais exigem agilidade e velocidade dos sistemas de
informação das instituições. A interoperabilidade e a transparência são essenciais para
a capacidade destas instituições prestarem serviços que eventualmente tenham que
sofrer alterações para acompanhar a rápida adoção de novos processos administrativos e
regulamentações. Não importa a robustez que um ecossistema tecnológico ganhe, o volume de
dados que ele armazena ou quantos usuários atende: ele nunca deve se tornar tão complexo
que não possa fornecer insights com rapidez e facilidade e cumprir as metas governamentais.
Ou seja, a tecnologia deve oferecer a capacidade de se integrar sem falhas com outras e dar
transparência de ponta a ponta da instituição, enquanto mantém a segurança necessária.
Uma maneira comprovada para proporcionar tanto a integração quanto a visibilidade total
consiste em substituir processos manuais por fluxos de trabalho digitais apoiados por
inteligência artificial e machine learning. Esse tipo de transformação digital é a força motriz
por trás de uma estratégia de modernização que torna mais rápido, barato e fácil compartilhar
informações e prestar serviços, ao mesmo tempo em que aumenta o conhecimento do contexto
geral em toda a organização.
Uma única plataforma com capacidades digitais, automação de processos e aprendizado de
máquina, principalmente se for baseada em nuvem para viabilizar a escalabilidade, pode fazer
com que empresas e governos aperfeiçoem a prestação de serviços e melhorem os resultados
tanto para seus funcionários quanto para seus clientes.
46
www.ieg.com.br/blog
Edição
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
Uma forma de superar o desafio dos silos de departamentos e dados e, ao mesmo tempo,
elevar o nível de colaboração dentro da organização é implementar um hub de conhecimento.
O hub pode simplificar o compartilhamento de informações tanto internamente quanto entre
organizações externas, prestadores de serviços de saúde, instituições acadêmicas e outros,
garantindo também um espaço seguro dedicado à inovação. Neste local, os órgãos e seus
parceiros podem compartilhar melhores práticas, implementar procedimentos operacionais
padronizados e acelerar a inovação para avançar na prestação de assistência e outros serviços,
além de poder ajudar na racionalização de aplicações, no desenvolvimento de tecnologias de
vanguarda e na consolidação de todos os endereços da organização para que ela tenha um local
que centralize as informações.
O que determina o sucesso de um hub de conhecimento é uma plataforma que possa funcionar
com os múltiplos sistemas que as entidades estejam usando atualmente. Muitas organizações
contam com uma combinação de tecnologias novas, legadas e de código aberto. Geralmente,
não faz sentido, em termos orçamentários e operacionais, substituir o sistema inteiro. Ao invés
disso, uma plataforma que ofereça interoperacionalidade pode conectar todos os distintos
sistemas para melhorar a interação, o engajamento, a troca de informações e a identificação de
tendências do mercado.
Outro fator-chave para que as instituições cumpram seus objetivos e suas atribuições é ter
visibilidade de ponta a ponta. Isso permite, por exemplo, que organizações que prestam serviços
de saúde acessem registros eletrônicos de saúde de usuários e, por meio de processos digitais,
possam compartilhá-los com organizações e prestadoras autorizadas. Com isso, obtêm um
campo de visão sobre o histórico médico individual completo, inclusive quando e onde a pessoa
recebeu atendimento.
Colaborador:
João Cerqueira,
Diretor de consultoria de Soluções
da ServiceNow para a América Latina
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
47
SHARED Services News
Edição
Edição68
68//
//Ano
Ano2021
2021
Agenda CSC 2021
Quer participar das pesquisas, eventos e treinamentos voltados para o público de CSC e manter a
sua equipe atualizada em relação ao mercado de Serviços Compartilhados? Confira a Agenda de
Pesquisas, Eventos e Treinamentos em CSC para 2021.
Benchmark
em CSC 2021
Período:
Fevereiro
a Julho
8th SSKE- Shared
Services Knowledge
Exchange
High Potential Program Shared Services
Período:
Abril a
Novembro
Shared Services
Meeting 2021
Data:
13/07/2021
Data:
18/05/2021
48
www.ieg.com.br/blog
Edição
Edition 68
64 //
// Ano
Year2021
2019
Agenda CSC 2021
SSLF - Shared Services
Leadership Forum 2021
Data:
28/09/2021
Pesquisa Perfil de
Profissionais de
CSC 2021
Período:
Setembro a
Dezembro
TEC 2021
Data:
23/11/2021
Manual de Boas
Práticas em CSC
Período:
Ao longo
do ano
www.ieg.com.br/blog
Pesquisa de
Satisfação
Período:
Ao longo
do ano
www.ieg.com.br/blog
www.ssconnection.com.br
49
SHARED Services News
Edição 68 // Ano 2021
SHARED
SERVICES NEWS
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Karin Saavedra
Tais Nascimento
Vanessa Saavedra
REVISÃO
Karin Saavedra
Lara Pessanha
Tais Nascimento
Vanessa Saavedra
DIAGRAMAÇÃO
Letícia Tonon
COLABORAÇÃO
André Dainez
Claudia Sakakibara
Guilherme Baumworcel
João Cerqueira
50
Paulo Castello
Ramona Linsmayer
Victor Hugo Niczay
Shared Services News | Edição 68
A 68ª edição da Shared Services News aborda o tema “Gestão na nova era corporativa”. Devido ao cenário de pandemia da Covid-19, mudanças e adaptações foram necessárias e implementadas nas empresas e na vida pessoal de cada um. São novos tempos com grandes desafios. Estamos vivendo uma crise mundial e também brasileira, logicamente, sem precedentes.
Não restam dúvidas que muitas perguntas estão nos desafiando o tempo todo e tentar entender, pensar nas perspectivas, em boas ideias, bons projetos, testar, arriscar, resiliência e humanidade estão sendo e serão requisitos ainda mais necessários no mundo corporativo e pessoal.
Leia a SSNews Edição 68 e confira artigos, entrevista e notícias sobre os principais assuntos do mercado de Serviços Compartilhados.
Autor
Redação IEG
O IEG é uma empresa que elabora soluções de ensino, pesquisa e consultoria em gestão de forma integrada e complementar para você e para a sua organização.