Os Centros de Serviços Compartilhados (CSCs) brasileiros caracterizam-se como multifuncionais, desempenhando atividades de diferentes departamentos da empresa. As atividades das áreas Financeira, Tributária, Contábil, de Recursos Humanos e Suprimentos são as mais incorporadas de acordo com a pesquisa Benchmark em CSC 2016, realizada pelo IEG. Considerando os processos que estão no escopo de mais de 70% das empresas participantes do estudo, observa-se que Contas a Pagar e Recebimento Fiscal são os mais comuns.
Ao definir as atividades do CSC, as organizações costumam avaliar a sinergia entre os processos de forma que possam otimizar as equipes e gerar ganhos internos. Para isso, durante esta seleção, são considerados atributos como o volume de transações realizadas e a possibilidade de geração de escala.
As atividades de backoffice compõem a grande parte do catálogo de serviços dos Centros dado que consistem em funções que possuem um perfil de menor complexidade e mais operacional, além de não estarem diretamente ligadas ao core business da empresa.
Entretanto, dependendo da estratégia organizacional ou da maturidade do CSC, algumas atividades mais críticas ao negócio e que demandam uma visão mais analítica são incorporadas uma vez que atendem a, pelo menos, uma das características do perfil de serviços prestados. Uma pesquisa realizada neste ano pelo IEG com empresas de um dos Grupos de Discussão sobre CSC identificou que mais de 90% dos Centros possuem atividades analíticas em seu escopo, como análise de crédito, jurídico, tesouraria, análise de riscos, gestão patrimonial, identificação de oportunidades fiscais, negociação de compras de itens críticos para a empresa, dentre outros.
Mas, vale reforçar que, dependendo do nível de complexidade das novas atividades, é necessário maior nível de especialização da equipe para que seja possível manter a qualidade esperada no serviço prestado. Este é o principal desafio enfrentado por 42% das empresas que participaram da pesquisa sobre processos analíticos no CSC. Também foram citadas outras barreiras como o menor ganho de escala, a dificuldade na padronização e controle da produtividade desses processos.
Continue lendo esse e outros artigos na edição 56 da Shared Services News!
Autora //Lara Pessanha, Consultora do IEG