Semana passada recebemos e-mail do Mark Lisso, VP de Estratégia para Américas, colocando em cópia toda a diretoria Américas e Latam/Brasil da thyssenkrupp Elevadores em conclusão pela bem-sucedida incorporação de toda a operação da América Latina ao CSC brasileiro. O e-mail era em resposta aos líderes dessa jornada, Fabiane Sum, Daniel Santanna e Reynaldo Moreira, os quais informavam que o Chile, o último dos 13 países e maior operação, havia sido incorporado ao centro de serviços naquele mês. Lendo aquele e-mail, não parecia que haviam passado quase dois anos desde o dia que pisamos no headquarter da Latam, em Santiago do Chile, para início dessa empreitada.
Para contar esse caso, precisamos fazer um rápido retrospecto sobre o CSC da thyssenkrupp Elevadores (tkE) no Brasil. Implementado em 2010 e contando com uma ampla gama de macroprocessos e mais de 200 colaboradores, o CSC contribuiu para que a tkE Brasil atingisse um dos melhores resultados financeiros dentre todas as operações Elevators Technology do grupo, chegando a ser reconhecido como global best practice.
Enquanto isso, a operação vizinha tkE Latam, com treze países de língua castelhana, apresentava indicador EBIT sobre Vendas 6 vezes inferior (%EBIT) ao apurado pelo Brasil.
Nesse contexto, o antigo CFO do Brasil assumiu a cadeira de CEO Latam com objetivo de rentabilizar essa operação trazendo o %EBIT para o patamar mínimo global.
Felipe Condessa encontrou uma geografia com nível de maturidade pelo menos 10 anos atrás da operação Brasileira: desintegração de sistemas, práticas diferentes entre países além de muitos procedimentos manuais como recebimentos e pagamentos em dinheiro. Para gerar escala e ganhar controle sobre a operação, Felipe Condessa iniciou o projeto CSC Latam.
Planejamento e Business Case
Em agosto de 2015, desembarcamos na matriz da Latam em Santiago do Chile para iniciar o estudo de viabilidade e escopo dos processos, dimensionamento do centro e planejamento da implantação através de um business case estruturado. Para isso, em 12 semanas foram visitadas e mapeadas operações de seis países, entre eles, estavam alguns chicos como Guatemala e Panamá e grandes como Chile e Colômbia. Tais análises foram feitas sempre à luz das práticas do CSC Brasil. Porém, nem todas as práticas puderam ser transferidas para o desenho Latam. O nível de maturidade bancária de alguns países é tão baixo que foi preciso desenhar processos nos quais parte das atividades ainda ficassem no país, como por exemplo, emissão de faturas e coleta de cheques. Em paralelo ao CSC, outras iniciativas aumentariam a maturidade dos processos, nos quais o CSC também seria beneficiado.
Além disso, foi realizado estudo de localização do centro. Mesmo que alguns países da Latam, como Colômbia, apresentassem custos mais baixos, optou-se pela implantação no Brasil, dado a sinergia com o CSC Brasileiro. Os benefícios de poder contar com a experiência de profissionais que já operavam o CSC, mesmo com uma operação potencialmente mais cara, sobrepunham os riscos de uma implantação blue print em outro país.
Tendo aprovado a implantação do centro, em janeiro de 2016 iniciamos a internacionalização do CSC brasileiro da tkE de Porto Alegre.
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Fonte // Shared Services News Edição 56
Autores // Breno Jácome, sócio gestor da Visagio; Lucas Felix, consultor da Visagio; Fernanda Becker, consultora da Visagio; Fabiane Sum, coordenadora de Projetos da thyssenkrupp Elevadores; Daniel Santanna, coordenador de Planejamento do CSC da thyssenkrupp Elevadores