A decisão por utilizar o Business Process Outsourcing (BPO) costuma ser bastante comentada e questionada nos debates sobre Centros de Serviços Compartilhados. Visto como tabu por muitos, o assunto foi tema de estudo do Shared Services Link que trouxe uma nova perspectiva sobre a comercialização dos Serviços Compartilhados.
O estudo, realizado este ano, contou com a participação de 105 profissionais que responderam às questões que analisavam as aspirações de comercialização dos Centros de Serviços Compartilhados, tanto no que diz respeito a assumir operações de fora da empresa, quanto em vender as operações do CSC para que um BPO operacionalizasse.
Dentre os respondentes, 67% trabalham em CSCs, 28% em empresas de BPO e 5% não trabalham em nenhuma das duas áreas, sendo a maioria dos participantes da Europa e Ásia. Dos que trabalham em CSCs, 42% mostraram interesse, ou de fato tinham planos em comercializar as atividades do seu CSC, abarcando atividades de empresas externas. Já quando questionados sobre a transferência das operações para um BPO, 70% responderam que não tinham interesse, enquanto apenas 16% responderam sim ou talvez.
Já aos representantes das empresas de BPO foi questionado o interesse em expandirem-se através da aquisição de Centros de Serviços Compartilhados. Enquanto 12% disseram não saber, 51% afirmaram que sim ou talvez, enquanto 37% responderam não ter interesse.
Na mesma pesquisa foi perguntado aos participantes de BPO qual o país ou região de maior interesse na aquisição de um Centro. Grande parte informou que a China e Europa Oriental. Questionados sobre o tipo de Centro que procuram em termos de escopo, 72% responderam Contas a Pagar, 14% Contas a Receber e 14% optam por Centro Multi-fuincional.
Sobre as características mais importantes consideradas pelos BPOs na procura de CSC, a pesquisa conclui que são dadas maiores prioridades à maturidade da gestão de pessoas e gestão de relacionamento com o cliente, do que a maturidade em automação, processos e programas de governança.
Esta comercialização de Serviços Compartilhados ainda se mostra uma área pouco explorada, no entanto, com potencial, visto a grande procura e oferta ainda tímida por parte das organizações.
Fonte: Shared Services Link – The best kept secret to game change in shared services
