O Centro de Serviços Compartilhados da EcoRodovias completa 10 anos de existência em 2016, mas foi em 2014 que a empresa estruturou um novo modelo no Centro para a adoção de práticas de gestão que antes não estavam presentes no CSC.
O projeto, que ficou conhecido como a “evolução” do Centro de Serviços, contou com o suporte da consultoria Visagio e permitiu um trabalho mais focado na comunicação entre o Centro e as Unidades de negócio, fundamental para o alinhamento dos acordos e expectativas com as Unidades clientes.
Confira um trecho da entrevista com Ana Silvia de Almeida, diretora do Centro de Serviços Compartilhados da EcoRodovias, que falou à equipe da SSNews sobre os principais destaques na Gestão de Custos do CSC.
Com mais de 400 funcionários, o Centro de Serviços da EcoRodovias conta, em seu escopo atual, com as áreas de Finanças, Contábil e Fiscal, Recursos Humanos, Compras e Tecnologia. A reestruturação do CSC em 2014 permitiu a adaptação do Centro à realidade da empresa e, dessa forma, algumas áreas mantiveram um misto de processos transacionais e estratégicos, promovendo maior sinergia e consequentemente maior eficiência nas atividades.
Exemplo disso é a área de Recursos Humanos, que conta com três gerências: a primeira mais transacional, responsável por toda a parte de folha de pagamento e processamento de benefícios; a segunda, com atuação em desenvolvimento humano, que programa e administra toda a parte de seleção e treinamento; já a terceira gerência cuida dos cargos, remuneração de funcionários, executivos, gestão de saúde e negociação de benefícios.
A mudança, que teve como base os pilares do modelo de CSC, também possibilitou, segundo a executiva, o desenvolvimento da cultura de “Prestador de Serviço” e “Tomador de Serviço”, o que além de reforçar o valor do Centro através da qualidade do atendimento, também possibilita que a Unidade de Negócios enxergue o CSC como fornecedor e não como uma área interna da empresa: “A maioria dos profissionais que vêm para o CSC, apesar de possuírem o conhecimento técnico, não possuem as competências necessárias de prestadores de serviços, o que resulta em um atendimento técnico bom, mas um relacionamento não adequado. Você pode ter um indicador ótimo, mas se você não tiver um bom relacionamento e a Unidade não enxergar o CSC como um parceiro, a reclamação será constante. ”, explica Ana Silvia.
Ao assumir a postura de “prestador de serviços”, a diretora conta que o CSC passou a ter um posicionamento mais proativo diante da Unidade de Negócio, apresentando os prazos e a forma como o chamado deve ser solicitado. De acordo com Ana uma disciplina constante é necessária para se alcançar o sucesso e chama atenção para a importância do diálogo constante entre o CSC e o Corporativo, a fim de manter um alinhamento entre a entrega e a expectativa.
Principal motivação
Como acontece na maior parte das organizações, a redução de custos, aliada à maior eficiência do negócio, foi inicialmente a principal motivação para a implantação do Centro de Serviços da companhia. No entanto, o CSC foi muito além, propiciando segurança empresarial através da padronização de processos e a garantia do cumprimento de políticas e compliance, possibilitando a alavancagem de crescimento da empresa. Um exemplo recente aconteceu em 2015 com a Ponte Rio-Niterói, quando todos os serviços foram absorvidos ao Centro agregando apenas 4 pessoas à equipe.
Ana também destaca o papel do CSC no fornecimento de dados para a gestão do negócio: “Criamos uma série de indicadores financeiros e de recursos humanos que auxiliam os gestores das unidades de negócios, e nas tomadas de decisões ”. A executiva também ressalta a quebra de “tabus” que cercam os CSCs como a crença da necessidade de proximidade física do Centro com o Corporativo: “Hoje, é possível perceber que o local onde os serviços são realizados não é o mais importante, desde que se tenha a informação necessária para a tomada de decisão.”.
Confira a entrevista completa na Edição 51 da Shared Services News!