O que é cultura Organizacional

O conjunto de hábitos, crenças, valores e comportamentos compartilhados na empresa, formam o conceito de cultura organizacional.

Essas características criam uma “identidade” na organização, definindo como ela otimizará seus processos e conduzir seus negócios.

 Inicialmente ela se forma pelos valores do seu fundador e, com o tempo, ela se molda através das interações e processos compartilhados por seus colaboradores.

Uma das grandes referências teóricas da cultura organizacional é o livro “Organizational Culture and Leadership” do psicólogo Edgar Schein.

Em uma de suas citações na obra, Schein enfatiza: “a cultura representa para grupos e organizações o mesmo que caráter para indivíduos”.

Quais são os tipos de cultura organizacional?

pioneiro na classificação da cultura organizacional foi o especialista em behaviourismo Charles Handy, com seu livro Como compreender as Organizações (Jahar, 1976).

Em sua teoria, o autor parte dos canais de poder dentro da estrutura organizacional para determinar qual elemento se sobressai na cultura, criando as seguintes tipologias:

1. Cultura do poder

Empresas que são regidas pela cultura do poder são aquelas que concentram a liderança em uma única pessoa, que comumente é o dono ou o gerente da organização.

Neste tipo de cultura corporativa, os colaboradores são totalmente orientados a conquistar resultados.

Isso pode acabar gerando um clima de competição, que nem sempre é saudável para a companhia.

A cultura do poder é bastante comum em empresas pequenas.

Devido à grande possibilidade de conflitos internos, decorrente do poder centralizado, elas podem ter seu crescimento limitado, principalmente por não permitirem o crescimento e desenvolvimento de habilidades de seu capital humano.

2.  Cultura de papéis

Na cultura de papéis, o foco fica nas funções desempenhadas por cada um dos colaboradores.

Ou seja, os níveis hierárquicos são bem estabelecidos, porém, por este mesmo motivo, há uma falta de flexibilidade na execução das tarefas, já que cada funcionário só realiza o que está determinado a ele.

Os procedimentos são bem definidos e podem ser até engessados, não dando muito espaço para novas ideias e melhorias dos processos.

Isso pode trazer uma certa lentidão na realização dos trabalhos.

Este tipo de cultura resulta em profissionais mais acomodados, que não se preocupam com seu crescimento dentro da organização.

Outra característica da cultura de papéis é a falta de interação e comunicação entre os profissionais e setores, o que pode dificultar a solução de problemas e criação de novas ideias.

3. Cultura de tarefas

As companhias que trabalham com a cultura de tarefas se destacam, pois contam com profissionais específicos para realizar determinados tipos de tarefas e isso agrega bastante conhecimento à organização.

Neste tipo de cultura, o foco dos colaboradores está na solução dos problemas, admitindo pessoas preparadas para lidar com os mais diversos tipos de situação, que não gostam de mesmice e previsibilidade.

Os profissionais e a empresa são bastante flexíveis e o ritmo da rotina de trabalho é ditada pelos acontecimentos.

A cultura de tarefas costuma influenciar de maneira positiva no clima organizacional da empresa, já que valoriza e dá liberdade para que seus colaboradores deem ideias e proponham soluções — isso têm o grande poder de mantê-los motivados. 

4. Cultura de pessoas

A cultura de pessoas, como o próprio nome sugere, é focada nas pessoas que fazem parte da organização.

Ou seja, as empresas que adotam este tipo de cultura valorizam muito o trabalho de seus funcionários, a integração da equipe e o crescimento profissional de cada um dos seus talentos.

Nesse tipo de companhia, o colaborador é colocado em primeiro lugar, tendo espaço para dar ideias e pontos de vista que serão levados em consideração.

Além disso, fatores como plano de carreira e retenção de talentos são muito bem trabalhados pelos gestores, que buscam a formação de líderes que possam continuar com o seu legado, garantindo o crescimento das pessoas junto com o crescimento da empresa.

Mesmo que seja muito bom para o colaborador, esse tipo de cultura empresarial, às vezes, peca por focar muito em seus talentos e deixar de prestar atenção em outros fatores importantes: como o relacionamento com os parceiros, cuidados com a infraestrutura, dentre outros.

Por isso, é necessário ficar atento para não perder o equilíbrio!

Para conseguir identificar qual o tipo de cultura aplicada pela sua empresa o planejamento estratégico é fundamental para definir os caminhos a serem seguidos, incluindo o tipo de cultura empresarial a ser adotado.

Autor

Redação IEG

O IEG é uma empresa que elabora soluções de ensino, pesquisa e consultoria em gestão de forma integrada e complementar para você e para a sua organização.

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