Porém, apenas 34% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres nos Centros.
O Dia Internacional da Mulher é comemorado em todo o mundo em 8 de março. Essa data marca uma trajetória de desafios e conquistas das mulheres por igualdade de direitos e oportunidades, além de reforçar a força e garra delas após anos de lutas.
Mas você sabe a origem do dia internacional da mulher? O dia 8 de março foi escolhido em memória de um incêndio que ocorreu em 1911 em uma fábrica em Nova York, onde trabalhadoras morreram.
Ao longo dos anos, as mulheres têm reivindicado por direitos como o voto, a igualdade salarial, a proteção contra a violência, a discriminação, entre muitos outros.
Essas lutas têm trazido importantes conquistas para as mulheres em todo o mundo, mas ainda há muito a ser feito. Um levantamento realizado pela Grant Thornton, em 2022, revela que a presença feminina em postos de liderança no Brasil sofreu uma pequena queda, de 39% para 38%. Embora a redução seja bem sutil, havia uma tendência de alta nos últimos anos.
Na área de CSC, conforme levantamento na MIA (2023), plataforma de dados do IEG com diversas estatísticas sobre o modelo de Serviços Compartilhados no Brasil, mostra que mais da metade dos funcionários dos CSCs são do sexo feminino, fato que mostra a forte representatividade das mulheres neste mercado.
Apesar de 1 em cada 5 CSCs terem mais da metade dos líderes do sexo feminino, em média, as mulheres ocupam apenas 34% dos cargos de liderança dos Centros, estando em linha com o cenário brasileiro como um todo apontado pela Grant Thornton.
Outra pesquisa recente realizada pela Catho, com 10 mil profissionais apontou que as mulheres em cargo de liderança recebem 23% a menos que os homens na mesma posição. A disparidade salarial também se repete nos cargos de coordenador, e apenas na posição de assistente as mulheres ganhavam mais (2%).
Mas a tendência não é apenas brasileira, pois conforme relatório do Fórum Econômico Mundial, ainda serão necessários mais 267,6 anos para a diferença econômica de gênero ser superada no mundo.
Para Tais Nascimento, Sócia do IEG, é importante que as empresas priorizem o tema Diversidade na pauta estratégica da liderança e que as equipes sejam incluídas no processo de aculturamento nesse sentido.
“Percebemos que o mercado vêm valorizando cada vez mais a formação de times diversos, e não poderia ser diferente nos CSCs. Alguns deles já possuem metas para aumento do número de mulheres em posições de liderança, além de metas específicas para negros. Entretanto, ainda são poucas as iniciativas de capacitação dos colaboradores e elas são essenciais para garantirmos um verdadeiro processo de inclusão.”, destaca Tais Nascimento.
O Dia Internacional da Mulher é uma data importante para celebrar as conquistas e reafirmar a luta por direitos das mulheres. É um momento para refletirmos sobre as desigualdades e desafios que ainda existem e sobre como podemos contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.
Apesar de uma série de conquistas até então, ainda há um caminho a percorrer para aumentar a representatividade das mulheres na liderança de empresas. Por isso, continua sendo fundamental falar em igualdade de gênero e também em diversidade nas empresas.
O IEG consolida informações de mais de 200 empresas que possuem um Centro de Serviços Compartilhados no Brasil por meio de diversas pesquisas realizadas com o objetivo de traçar um panorama deste mercado. Grande parte dessas estatísticas são disponibilizados na MIA – Market Intelligence Application Shared Services – plataforma de dados sobre CSC.
(Fonte: MIA – Market Intelligence Application – Shared Services, IEG 2023)