Atualmente, um grande número de metodologias tem sido utilizado no sentido de estimular estruturas de melhoria de processos que estejam incorporadas aos Centros de Serviços Compartilhados e às organizações como um todo. Entretanto, dentre todos esses recursos, o Lean Six Sigma tem ganhado destaque por combinar duas das mais efetivas sistemáticas de melhoria focadas em hábitos relacionados ao trabalho.
O Lean Six Sigma é, basicamente, uma metodologia orientada a dados que visa à eliminação do desperdício e redução de defeitos em todos os processos. No ambiente de CSCs, torna-se claro como esse conceito pode ajudar a eliminar atividades que não agregam valor ao cliente do ponto de vista da prestação de serviços. Dessa forma, o motivo pelo qual implementar o Lean Six Sigma é uma ótima opção para os líderes de CSCs baseia-se no fato de que essa prática transforma-se em uma ferramenta estratégica: os problemas passam a ser atacados pela raiz e seu desenho é feito para aumentar os ganhos por meio da satisfação do cliente, algo totalmente compatível com o mundo dos Centros de Serviços. Na essência, o conceito Lean atua na redução de desperdício e atividades que não geram valor, enquanto o Six Sigma trabalha na qualidade, com a redução da variabilidade nos processos.
Uma pesquisa recente* feita com diversas empresas internacionais mostrou que, apesar de em diferentes estágios de maturidade, a maioria das organizações possuem programas de qualidade formalizados dentro de seus Centros de Serviços Compartilhados.
Inserindo a metodologia Lean Six Sigma dentro do Centro de Serviços, as empresas conseguem garantir que todos os envolvidos estejam continuamente avaliando os processos executados em busca de desperdícios e oportunidades de melhoria em termos da qualidade do output. Além disso, essa abordagem é especialmente apropriada para os CSCs devido a sua natureza de suporte ao serviço, fundamental para a relação entre Centro de Serviços e clientes internos.
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Uma metodologia diferente, que pode ser implementada de forma combinada com o Lean Six Sigma, é o modelo BPM, que possibilita uma otimização de processos ponta a ponta de forma global. Como parte dessa visão global, os pontos centrais para a melhoria dos processos de negócio incluem aspectos, como Gestão e Medição do Ciclo de Tempo e Defeito padronizadas, programas formalizados de Gestão da Mudança, Balanced Scorecards e Gestão do Conhecimento. De uma forma geral, a aplicação do Lean Six Sigma em conjunto com o BPM primeiro atua na transformação de um processo para, então, garantir uma estabilidade prolongada e melhoria contínua.
Outra pesquisa* desenvolvida sobre o tema provou que organizações de Serviços Compartilhados que implementaram programas de qualidade formalizados tiveram resultados bastante positivos.
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Os comentários mais mencionados com relação aos benefícios adquiridos com os programas são reduções de custos, tempos de ciclo reduzidos, controles melhorados, papéis e responsabilidades mais claras, eliminação de burocracia desnecessária, entre outros.
Eliminar os desperdícios dos processos do CSC e construir a prática da melhoria contínua dentro do sistema cria eficiência; aplicar o Six Sigma a variações indesejáveis nos outputs dos processos ajuda a desenvolver confiabilidade e qualidade para as atividades do Centro.
Desse modo, não é preciso limitar-se a apenas uma metodologia, mas torna-se importante verificar se o ambiente do CSC estimula continuamente o Lean Six Sigma e se os times formados para atacar as ineficiências estão plenamente confortáveis e familiarizados com as práticas utilizadas.
* Fonte: www.peeriosity.com/shared-services